Este causo, para que não pairem rumores e tampouco desconfianças, não o situarei no tempo nem no espaço, também estarão omitidos os personagens. Eram motociclistas, isto basta.
Em uma animadÃssima festa com algumas liberadas acompanhantes femininas, todas em volta de uma piscina, as bebidas e os petiscos servidos à vontade. Aqui e ali um topless dentro d’água, um amasso mais ousado e a excitação ia aumentando.
Um dos felizardos presente à festinha era oriundo daquele Estado brasileiro onde há grande consumo de pimenta. Ele havia levado um molho de pimenta especialmente para o descontraÃdo evento.
A música tocava enquanto garrafas se esvaziavam e reapareciam renovadas, o churrasco saÃa da brasa no ponto e a descontração era total. Um casal saiu de cena discretamente.
Ninguém sentiu falta do casal. A música e a dança complementam o clima festivo daquele ambiente de completo hedonismo.
Em poucos minutos todos têm a atenção voltada para gritos, que soaram acima da música, vindo de dentro da casa:
-Ai, ai, sai daà lÃngua dos diabos! Sai de perto de mim capeta!
Antes que tentassem entender o que estava acontecendo, reapareceu, saltitando agoniada, na área da piscina uma das belas e festivas garotas. Ela estava totalmente despida, apenas com uma toalha na mão, abanando desesperadamente suas “partes”.
Ela entrou na piscina gritando:
- Nunca mais, lÃngua dos infernos. Isso é uma lÃngua dos infernos! Nunca mais chegue perto de mim com essa lÃngua dos infernos cabra safado!
E continuou com seus movimentos, agora com as mãos embaixo d’água, a abanar freneticamente o baixo ventre.
Ninguém entendia o que havia acontecido. Até que surgiu, saindo de dentro da casa, o nosso amigo apreciador de pimenta malagueta, com uma toalha enrolada na cintura, com um sorriso amarelo nos lábios e a cara mais cÃnica do mundo.
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