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Pico da Serra Branca

Por conta de pancadas de chuvas matinais, alguns atrasaram e saímos meia hora depois do previsto, às 07:00h. A saída de Fortaleza foi pela Av Bezerra de Menezes e logo chegamos à BR 020, com trecho em péssimo estado de conservação, rumo à Canindé. Não demorou muito e uma forte chuva desabou sobre nós. Mais um pouco e um motoqueiro desviando da buraqueira veio para cima de mim quando eu o ultrapassava, mesmo com seta, farol alto e buzina. Mais outro tanto e um cachorro tenta atravessar a rodovia sem olhar para os dois lados e escapa por muito pouco das rodas da minha moto. Égua!

Este foi o comecinho do nosso passeio motofotográfico/selva que fizemos nos dias 21 e 22 de abril de 2012. Na estrada, cinco velhos e bons amigos amantes de motocicletas, fotografia e karatê. Fora nossas outras muitas querências, claro. Eu, de V-Strom 650, Joarez de Tènèrè 660, Marcelo de R1200GS, Pablo de V-Strom 1000 e Paulo de F800GS.

Paramos em Canindé para um lanche matinal e Pablo comprou 1kg de arroz parboilizado para secar seu intercomunicador encharcado. Rodamos sob chuva intermitente por mais 100km e paramos para abastecer em Santa Quitéria, totalizando 230km de viagem. Minha moto fez quase 20km/litro. Aproveitamos para buscar informações sobre como chegar no nosso objetivo, o Pico da Serra Branca, ponto mais elevado do Ceará, onde pretendíamos acampar.

Depois de Canindé, fora da BR 020, as estradas estaduais estavam em bom estado, para os nossos padrões, evidentemente.

A idéia desse "programa de índio", acampar no meio do mato e em local totalmente desconhecido surgiu nas nossas conversas depois dos treinos de karatê. A coisa amadureceu, providenciamos barracas e demais equipamentos necessários, fizemos combinações de detalhes em torno de cervejadas e que, portanto, foram parcialmente esquecidas. A troca de e-mails combinativos entre nós foi uma diversão à parte. A data marcada chegou e estávamos finalmente na estrada, sem termos a mínima noção de como seria nossa noite. O bordão era "Selva!".

Passamos pela simpática Catunda - simpática porque não tem lombadas, carros fazendo poluição sonora e, aparentemente sem sujeira nas ruas - e chegamos na localidade de Cruzeta, onde entramos à esquerda na direção de Monsenhor Tabosa.

Depois de duas subidas com curvas acentuadas começamos a observar, à nossa direita, muitas elevações com encostas íngremes e pedregosas. Acho que cada um de nós, dentro dos capacetes, estava a imaginar qual daqueles majestosos cumes seria o "nosso".

Nos vilarejos de beira de estrada vi uma "Igreja Evangélica Deus É Tremendo" e um boteco de nome "Aqui Quem Tem Chifre É Você".

Pouco antes da entrada de Monsenhor Tabosa, a 85km de Santa Quitéria, saímos do asfalto e entramos numa estrada carroçável cheia de curvas e sempre subindo. Com pneus na calibragem de asfalto só foi preciso um pouco de cautela com derrapagens e tudo correu bem. Estávamos com sede e os dois bares que vimos pelo caminho estavam fechados, assim como fechadas estavam muitas casas onde procuramos informações. Finalmente conseguimos uma indicação correta com duas simpáticas moças e dois musicais rapazes - procurem pela casa do Sr Antônio Raimundo.

Errando uma bifurcação ali outra acolá, à cerca de uma hora da tarde, chegamos, por fim, depois de 10km de poeirentos caminhos, no conjunto de cinco ou seis casas onde seu "Otoin Reimundo" é o patriarca.

Fomos recebidos com natural curiosidade e cortesia. Eles não se fantasiam, são gente do sertão como tantos, mas a comunidade é indígena, da etnia Tabajara, predominante no Ceará.

Conversa vai conversa vem e sentimo-nos em segurança com aquele povo. Bem diferente do que passava pela minha cabeça, quando ainda sem ter noção do que encontraríamos, preocupei-me com nossa segurança.

Colocamos as motos sobre uma calçada, começamos a arrumar a tralha para o acampamento e aproveitei para fazer uma proposta indecente: Alguém do lugar teria um jeito de ir buscar cervejas para nós? Francisco, filho de seu Antônio se propôs e ir na sua Titan buscar uma dúzia de cervas para os sedentos estranhos. Maravilha! 40 minutos depois matamos nossa sede de retirante.

Depois da tralha arrumada e cinco garrafas vazias fiz a segunda proposta indecente ao Francisco: Você poderia colocar essas sete garrafas no congelador e lá pelas cinco da tarde levar geladinhas prá gente lá em cima? Posso, respondeu o Francisco sem titubear.

Apontado qual rumo tomar, lá fomos nós com pesadas mochilas no lombo, equipamento fotográfico e demais tralhas fazer o ataque final ao ponto culminante do Ceará, O Pico da Serra Branca, com 1.154,38m de altitude.

A subida, através de picada no meio da mata nativa, começou relativamente leve e foi ficando mais difícil a cada 10m que subíamos. Antes do meio do caminho seu Antônio se juntou a nós, trazendo uma foice curta. Fazendo de cada passo um evento mantivemos o ritmo, mesmo suando bastante e a respiração ficando apertada. Mal reparávamos na mata ao redor, nossa concentração toda era nos nossos passos. O apito de náufrago que o Marcelo levava ia perdendo a força conforme íamos subindo.


O último terço da subida foi o mais íngreme e nos encontrou já um pouco cansados. Mesmo assim prosseguimos em bom ritmo, quase sem paradas para retomada de fôlego. A parte final era praticamente uma escarpa e tivemos que galgar muitos degraus de pedras escorregadias. Concluímos a subida no primeiro pequeno lajedo onde Joarez e Marcelo resolveram parar para armar barraca. Meu braço sangrava um pouco por conta de arranhões em plantas espinhosas, seguimos um pouco adiante, até o sopé da escarpa vertical que era o ponto mais alto.

A princípio não encontramos local para armar as barracas, só havia pedra e mato no lugar. PW, Pablo e eu resolvemos deixar isso para depois, depois de passar o estresse da subida e o batimento cardíaco voltar ao normal. Largamos nossa bagagem numa grande pedra inclinada e, levando apenas as câmeras, fomos escalar o último paredão rochoso, com cerca de dez metros de altura, para chegar ao pico, onde existe um cruzeiro de madeira, fruto dessa tradição religiosa de demarcar pontos culminantes com símbolos de fé, ou, instrumentos de tortura, como queiram.

O tempo estava nublado com algumas janelas de sol, fizemos algumas fotos, apreciamos a paisagem e registrei o estado de conservação da RN (Referência de Nível) do IBGE que existe no local. Uma pena que as RN só informam um código, no caso 1862R, e não a altitude de cada lugar onde são colocadas Brasil a fora.

Descemos para, agora sim, armar as barracas e se organizar para a noite que chegava. Nosso "sherpa" (conforme denominação do Pablo), seu Antônio Raimundo, usando a foice com destreza, abriu facilmente uma clareira para nós. Barracas armadas e tralhas organizadas, fui procurar lenha para a fogueira, lembrando o pessoal que a hora era aquela, pois na escuridão iríamos empunhar cactos, que havia em profusão, em vez de galhos secos para o fogo. Juntei uma ruma de gravetos que certamente não daria para muita coisa. Acendi uma fogueirinha incipiente quando nosso "sherpa" reapareceu carregando nos ombros um bom feixe de lenha de verdade.

Observação da Marta:

“Adorei o sherpa. Na minha abordagem da Psicologia (Humanismo de Carl Rogers), utilizamos esta palavra quando encontramos um psicólogo especial, que faz a diferença acompanhando o cliente, nunca o guiando, respeitando a liberdade dele, de até mesmo escolher o caminho errado, mas nunca o deixando só.”

Marcelão abriu a primeira garrafa de Ypioca 160 anos. A tangerina que levei para tira-gosto era mais azeda que o limão. A primeira cachaça nunca desce bem.

A cerveja chegou no lusco-fusco! Deixei de lado a Ypioca e fui cuidar de assar umas lingüiças. Os espetinhos não ajudavam. Fomos beliscando castanhas, amendoins, queijos e uma paçoca especial feita pela Katarine, esposa do Marcelo. Estávamos "acomodados" numa pedra irregular inclinada cerca 30 graus, a qualquer movimento a força da gravidade nos puxava para baixo. E, conforme bebíamos e a noite chegava, essa força de gravidade mais forte ficava.

Texto do Joarez:

"Pular da cama de madrugada, sábado, nuvens de chuva no horizonte e partir para um acampamento sem nenhuma estrutura, salvo aquela que pode ser transportada - na moto. O que leva um cristão a esperar por esse dia com desejo, quase ansiedade, mesmo sabendo que não haverá conforto ou facilidades pela frente? O mais curioso é que não é um caso isolado, uma loucura passageira, outros compartilham desse aparente devaneio. O gosto pela aventura é parte da resposta, mas não é tudo. O que nos move é a natureza, o que restou do animal que tentamos conter nas prisões da vida moderna. Responsabilidade, clientes, chefes, horários, metas, dívidas, etc., pelo menos nesses dias de "loucura", deixam de ditar as regras e surge um força primordial, intrínseca e que está reprimida pela rotina do "ganhar o pão de cada dia". Esta força nos une e nos faz voltar - cansados, após dormir literalmente sobre pedras, tomar chuva, comer o que foi possível preparar- com um sorriso refletindo a enorme satisfação de se sentir, pelo menos por um breve período de tempo, UM ANIMAL LIVRE!!! "

Seu Antônio e seu filho Francisco desceram para suas casas. Ficamos largados à própria sorte na noite da serra.

A conversa rolava solta, risadas em profusão, nada escapava de gozação, ninguém escapava de nada. Difícil contar, pensem numa noitada super animada entre um e outro escorregão/quase queda naquele lajedo!

Em um momento o céu ficou limpo e milhares de estrelas brilhavam com uma intensidade que não costumamos ver normalmente. Teve gente que, a olho nu, viu anéis em Júpiter... Relutamos em interromper a conversa para armar tripés naquele chão irregular e tentar fotos de longa exposição. Não demorou muito e uma nuvem de enroscou na serra fazendo sumir as estrelas e os muitos planetas anelados que o povo via. Confesso, não vi nenhum planeta com anéis. Vi um OEL (Objeto Estático Luminescente) que parecia uma lagarta com luz de vaga-lume. Mijei nele e logo descobri que era um bastonete luminescente que a turma colocou no meu caminho só de sacanagem.

Acabou a cerveja! Que sensação horrível não poder pedir saideiras... Mas a cachaça começou a descer bem, finalmente.

Saiu a primeira (e única) rodada de lingüiça na brasa. Resolvemos usar o outro pacote de lingüiças, o resto da paçoca e o resto do provolone para fazer um risoto de intercomunicador, digo, um risoto ou o que diabo saísse do cozimento do arroz que secava o intercomunicador do Pablo. Por pouco aquele microfone de capacete não foi para a panela. Usamos fogareiro a álcool e brasas da fogueira para que o arroz não ficasse duro. Acima do nível do mar a água entra em ebulição abaixo dos 100 graus centígrados. Não sei a quantos graus ferve a 1154 metros, mas ganharei três Baden Baden red ale por isso. Né Pabrim? (Pablo apostou que era o contrário...)

A primeira carrafa de cachaça acabô? Vixe polvo prá beber!

Acendemos charutos cubanos para espantar insetos que teimavam em não nos incomodar.

Esta serra está infestada de lobos. Quantos? Cinco...

Ruídos extraterrestres surgiam de celulares inoperantes.

A fogueira projetava nossas sombras fantasmagóricas no paredão rochoso.

Nuvens que passam roçando nossas cabeças dão impressão de chuva, mas não há precipitação, apenas um orvalho a umedecer os cabelos e trazer um frio gostoso.


A segunda garrafa de cachaça acabô? Riégua de polvo prá beber!

Já era bem 10 ou 11 da noite quando fomos nos aquietar em nossas barracas. Como não estava muito frio, resolvi fazer do saco de dormir um colchonete, para tentar aliviar a irregularidade e pedras do terreno inclinado onde armamos as três barracas, eu Pablo e PW, já que Marcelo e Joarez ficaram mesmo no lajedo que escolheram na chegada.

Na madrugada bateu um frio mais forte. Calcei meias e entrei no saco de dormir. O tal bastonete luminescente até que ajuda dentro da barraca. Passei a noite escorregando para o fundo da barraca e retornando à posição original. Se tentava ficar de lado uma pedra deixava as costelas doloridas. O jeito foi tentar dormir quieto e de barriga para cima.

Em nossa clareira, um falava dormindo, outro roncava e outro peidava...

Texto do Pablo:

“Após umas boas cervas, levadas ao acampamento heroicamente pelo Sherpa 2 – Francisco – e umas doses de Ypioca 160 ingeridas (outras derramadas, rsrsrs), comemos um arroz de carreteiro al dente e fomos nos recolher cedo. O silêncio absoluto da mata de altitude é perturbador para viventes do caos. Lá pelas tantas, sonhando MUITO, “acordei” achando que havia um animal de porte médio (tipo um porco do mato) fuçando perto do zíper da barraca. -Sai daqui, diacho! Gritei, esmurrando o pano da tenda, para afugentar o bicho. -PW, me ajuda e tira esse bicho daqui! Bradei em tom de socorro! Aí acordei. Dessa vez DE VERDADE! Tive receio de abrir o zíper da barraca, e percebi que o meu era o menor dos problemas ao me deparar com PW na barraca ao lado, levando um puta papo com ele mesmo (rsrsrs) e o Luiz “bufando” e se revirando na barraca, alguns metros mais adiante. Sabe de uma coisa? Melhor virar de lado e voltar a sonhar!”

Acordei pelas cinco horas. Tudo branco lá fora, não se enxergava nada. Fiquei mais um pouco na barraca e depois me levantei para uma precária higiene matinal e esquentar água para o capuccino e latas salsichas ao molho de tomate para comer com pão. O álcool gel que levei não me pareceu o melhor para o fogareiro. O frio mais forte já havia passado.

Cantarolando o hino da bandeira e aos gritos de alvorada!, fui fazendo o pessoal acordar para começarmos a pensar em descer a serra.

A densa neblina em volta de nós não incentivou subirmos ao pico para mais fotos. Juntamos em sacos grandes todo o lixo que produzimos e mais algumas garrafas plásticas que encontramos no lugar. Deixamos tudo mais limpo do que quando chegamos e apenas as fotos irão conosco.

Pelas oito horas começamos a descer. Só na descida que reparamos o tamanho da subida do dia anterior. Também somente na descida que reparamos nas árvores e paisagens. Sobre isso Pablo, que estava com GPS, escreveu: Em linha reta, a distância da casa do nosso Sherpa (Antônio Reimundo) ao pico da Serra Branca é de 917m (900m lineares x 180m de diferença de altitude). Conforme o GPS, Caminhamos na descida por 47 minutos (mais 9 minutos de paradas) a 2Km/h. Então, descida foi de aproximadamente 1.560m. A SUBIDA IDEM!!!

Texto do Paulo Walraven:

“Selva !!!

Esse ficou o grito de guerra de nossa aventura. Foi tudo combinado, 5 integrantes, ninguém roeu a corda (ou seria o cipó??? Rsrsrs).

Tivemos uma preparação/combinações muito boas, regadas à cerveja e risos. Chegando perto do dia da aventura, teve bloqueio da estrada pelo MST, assalto à banco e casos de h1n1 em Monsenhor Tabosa, OVNIS, Chuva e muita, receio do roteiro às cegas, que estrada ir – pela mais distante no asfalto ou pegar 50km de terra batida, o que levar ...

Só uma coisa era certa: a vontade de ir.

Falamos tanto em ter cerveja lá em cima que deu certo – teve delivery... seu Francisco. (Rsrsrs) Falamos tanto em ter um Sherpa (guia) que deu certo, seu Antônio Reimundo, nos orientou e abriu uma clareira lá em cima pra montarmos nossas barracas.

Dormimos uns em cima de pedras que teimavam em incomodar no melhor do sono ... (sono?????), e outros numa ladeira que escorregávamos, e meia em meia hora acordávamos pra “escalar” dentro de nossas barracas.

Voltamos no outro dia (não aguentaríamos mais de um... rsrsrs) e fomos recebidos lá em baixo por um cafezinho delicioso, feito pela esposa de seu Antoin Reimundo. Voltamos num ritmo forte, mas seguro (acho que todos estávamos loucos pra voltar... )

Aventura inesquecível no topo do Ceará, com amigos de nível idem.”


Encontramos uma árvore interessante que não vimos na subida, a barriguda, típica da caatinga. Ela, tal como as roseiras, não têm o que parece ser espinhos, mas acúleos. Esta árvore tem o troco em forma de barril, de uma barriga mesmo, que serve para acumular para usar durantes os períodos de seca.

Chegamos ao conjunto de casas onde estavam nossas motos e a esposa do seu Antônio Raimundo nos preparou um café coado fresquinho. Ofereceram-nos leite acabado de ser ordenhado das vacas. Entregamos nosso lixo para que dessem destino correto. Conversamos enquanto arrumávamos as bagagens nas motocicletas e descobrimos que fomos os primeiros a passar a noite no pico. Até então ninguém havia acampado por lá. Doamos todo o alimento que não utilizamos. A criançada ficou muito feliz com os biscoitos e doces que ganharam. Acho que cada um de nós temeu passar fome. Levamos muita comida.

Mesmo sabendo que não há dinheiro que pague o que seu Antônio Raimundo e Francisco fizeram por nós, deixamos com eles uma boa gratificação. Sabemos que as chuvas não estão boas e que em breve essa gente de bom coração vai passar necessidade.

Antes de partir visitei e fotografei a velha casa de farinha e a moenda para fabricação de rapadura. Se estivessem em funcionamento dariam fotos fantásticas.

Descemos calmamente os oito quilômetros de estrada vicinal e retornamos ao asfalto. Da estrada era difícil identificar o Pico da Serra Branca.

Reparei que as lagoas que se formam na beira da estrada estão quase secas, vi vacas tentando matar a sede na lama. A mata nativa está verde, porém a quantidade juntamente com a irregularidade das chuvas este ano não parece que vai permitir a plena colheita do que foi plantado, principalmente o milho e o feijão, produtos básicos a agricultura matuta. Acho que em breve veremos a gritaria de “seca verde”, com prefeitos pedindo recursos cuja aplicação não gera nada permanente. Isso em ano de eleições...

Abastecemos as motocicletas em Santa Quitéria, porém em posto diferente do que paramos na ida, que estava fechado por conta do suicídio do dono. Nesta parada aproveitamos para dar sinal de vida à nossas mulheres – estávamos sem comunicação deste o dia anterior. Avisamos que chegaríamos em Fortaleza por volta das duas da tarde e nos encontraríamos em restaurante para matar nossa fome de lenhador.

Não pegamos chuva na volta. Pilotamos sem parar até Fortaleza, (230km) numa tocada bem mais forte do que na ida, rodando da faixa de 120km/h para mais.

Sujos, sem banho a mais de trinta horas, chegamos ao restaurante Sirigado do Country Clube no horário esperado. Reencontramos nossas amadas, matamos nossas sedes com geladíssimas Bohêmias e nossas fomes com pratos fartos e bem preparados.

Vamos combinar o próximo!

SELVA!

Luiz Almeida

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